Nova safra dos Meninos da Vila garantem a conquista do tricampeonato da Libertadores ao Santos após 48 anos de jejum.
Na quarta-feira à noite, em pleno Pacaembu lotado com mais de 40 mil santistas, o Santos venceu sua primeira Libertadores desde a era Pelé e sob o comando de Muricy Ramalho, venceram o Peñarol por 2 a 1. Neymar e Paulo Henrique Ganso e mais grandes atuações de Elano, Arouca e Danilo, repetiram o feito do maior jogador de todos os tempos em 1963 e 1964. Depois de ficar no 0 a 0 em Montevidéu, o Peixe teve 45 minutos para conseguir encaixar seu passe. No segundo tempo, enfim balançou as redes uruguaias com gols de Neymar, aos dois, e Danilo, aos 24 minutos e Durval, (contra) aos 34.
O Santos agora se iguala ao São Paulo como o maior vencedor da competição continental no Brasil. De quebra, a equipe comandada por Muricy Ramalho disputará o Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão. De quebra podendo enfrentar o Barcelona, de Lionel Messi, clube que também irá participar do torneio, representando a Europa.
Faltava uma Libertadores para o currículo de Muricy Ramalho. Agora não falta mais. Em dez jogos pelo Santos na competição sul-americana, Muricy Ramalho não viu sua equipe perder nenhum. Venceu o Cerro Porteño (2 a 1), sem Neymar e Elano, no Paraguai, logo que chegou. Na sequência, passou pelo Deportivo Táchira-VEN, e garantiu a vaga nas oitavas de final da Libertadores. América-MEX, Once Caldas-COL, Cerro Porteño-PAR e, por fim, o Peñarol-URU.
“Quando eu saí do Fluminense, alguns de vocês da imprensa, 50% de vocês, disseram que eu saí porque eu não ia ganhar a Libertadores. Depois que 25 dias que eu dei de prazo pra mim mesmo, eu tinha que ganhar ou ganhar do Cerro Porteño lá, sem Neymar, Zé Eduardo e Elano...então eu sou muito burro, né?”, ironizou Muricy Ramalho.
A nota triste da noite foi a confusão generalizada marcou o fim do duelo entre Santos e Peñarol. Após o apito final do árbitro, jogadores uruguaios entraram em conflito com atletas e membros da comissão técnica do Santos. Com muitas pessoas dentro do gramado, a polícia teve trabalho para conter os ânimos acirrados. Tudo começou depois que um torcedor invadiu o gramado para fazer provocações.
A confusão seguiu até a porta dos vestiários dos uruguaios e deixou até Elano caído no chão. Um dos principais alvos da ira dos uruguaios, Neymar chegou a chamar alguns para a briga, embora estivesse sempre protegido por algum segurança.